As luzes do carrossel
Obra aberta França-Brasil
Duas ilhas, uma na França, no Atlântico Norte, a ilha de Ré,
e outra no Brasil, no Atlântico Sul, a ilha de Boipeba; uma ponte estendida
entre essas duas terras, entre esses dois povos.
Nosso sonho: tornar possível um mesmo espetáculo de dança, uma homenagem à
obra do poeta brasileiro Jorge Amado, uma iniciativa conjunta de dança
contemporânea, de pintura, de capoeira, de musica e canto.
A primeira apresentação acontecera no dia 10 de junho na ilha de Ré, sob a
direção de Anne-Laure Nivet, na sala cultural da Maline.
Em seguida, em 2009, acontecerá o ano da França no Brasil. Nosso projeto
integrará esse quadro contando com o apoio do Conseil General de Charentes
Maritime e do estado da Bahia.
Prevemos nossa chegada ao Brasil já no mês de outubro para começarmos o
trabalho em Boipeba. Uma primeira apresentação do espetáculo é prevista em
Boipeba em abril de 2009 com jovens dançarinos.
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Historia, método e pedagogia
Jovens dançarinos no coração do projeto
A pintura é a base do trabalho de criação na história de “Luzes do
carrossel”. Ela carrega a trama e a poesia do texto.
A pintura serve de impulso ao trabalho de criação do espetáculo de dança.
Na prática, Anne-Laure, estimula seus jovens dançarinos à participar da
criação. A trama está aí, construída, mas são os dançarinos que vão trazer
suas frases, suas palavras, seus sentimentos dando a possibilidade ao
mestre-coreógrafo de ajustar, de refinar seu trabalho.
O procedimento é participativo, critico, evolutivo. Demandando uma boa
escuta, um sentimento de participação, de idas e vindas com os jovens que
trazem suas idéias, seus questionamentos.
São essas meninas que dão origem à criação. O projeto avança com elas, com
sua sensibilidade, singularidade, investimento pessoal.
É uma forma de transmissão. A pintura nasce da imaginação do autor, e tomam
corpo, ganham vida, como diz a história.
Na realidade, essa é uma historia da busca pela liberdade, de um pai que sai
de casa. É Salomão, o rei que é ao centro do carrossel. Os personagens:
sobre um fio, sobre um balão, os dançarinos estrela e o homem que cospe fogo
giram, se segurando ao carrossel. Uma noite, Salomão lança um desafio: sejam
livres, livres de partir, de (re)viver. Eles vão buscar essa liberdade, mas
por fim decidem ficar. Só Salomão parte, deixando livre o seu lugar
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